Compostos em concerto desigual!
São versos do amor vosso que vos tem,
Quem sou eu pera vós, que sois meu bem,
Um poeta só de rima passional.
Que choro amor em métrica total,
Eu em cada soneto sou ninguém,
Só o amante, d’amor sem ter a quem,
Mas terá muito breve um sim cabal.
Se vós suspirais, é um soneto meu,
Se por mim o suspiro vosso dais,
Eis de que me sufoco mais cantar:
A verve que tem fôlego nasceu,
Como agora, tão forte foi jamais,
Tanto que aceiteis, já sereis meu par.
Belo Horizonte, 29 de agosto de 1996.
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